Giro do Vale

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Após empate, Lajeadense bate Inter nos pênaltis e fica com a Recopa Gaúcha

Foto: Alexandre Lopes / Inter / Divulgação

Foto: Alexandre Lopes / Inter / Divulgação

O Inter lutou para levar a decisão da Recopa Gaúcha para os pênaltis após sair atrás no placar e ficar com 10 homens em campo. Mas depois do empate em 1 a 1 no tempo normal, que será computado na tabela do Gauchão, D’Alessandro, Sasha e Fabrício desperdiçaram suas cobranças e o Lajeadense, contando com duas defesas de Luiz Müller, conquistou a quarta competição desde 2014.

Sem contar com Nilmar, preservado devido a um desconforto muscular, Diego Aguirre escolheu Rafael Moura como substituto. O esquema também mudou: do 4-4-1-1 visto contra o Shakhtar Donetsk para o 4-2-3-1, que devolveu D’Alessandro ao posicionamento aberto pela direita, acompanhado de Alex e Eduardo Sasha na linha de três meias.

Diante de um Lajeadense organizado, claramente disposto a contra-atacar, o Inter foi para frente. Desde o início, teve a bola, avançou e procurou espaços na defesa fechada dos donos da casa. Em vão.

O torcedor colorado parecia ver um replay do time de 2014. Havia movimentação das peças, a bola rodava de um lado ao outro, D’Alessandro gingava para cima da marcação pela direita, Aránguiz corria o campo todo para dar opção de passe. Tudo isso e o Inter não conseguia criar chances de gol. Assim como no ano passado, os meio-campistas não se infiltravam na área para fazer companhia ao isolado e apagado Rafael Moura.

À medida que o tempo passava, o Lajeadense encontrava mais oportunidades para sair em velocidade. Um erro de Nilton na saída de bola deixou Rafael Gava com espaço e duas opções de passe no contra-ataque. Ele rolou para Gilmar, que bateu cruzado e Paulão afastou. Depois, em cobrança de escanteio da esquerda, Mateus Santana cabeceou, a bola bateu na cabeça de Eduardo Sasha e no braço de Nilton, motivando reclamação de pênalti do Lajeadense.

Com a inoperância ofensiva do Inter e o time de Luis Carlos Winck mais ousado, o jogo ganhou ritmo acelerado nos minutos finais da primeira etapa. Ainda assim, a melhor investida colorada foi um chute alto, sem direção, de D’Alessandro.

Perguntado, na volta do intervalo, sobre suas orientações no vestiário, Aguirre resumiu com uma palavra seu pedido aos jogadores: “intensidade”.

O plano do uruguaio parecia ter ido por água abaixo logo no início da segunda etapa. Após cruzamento da direita, Ernando e Gilmar disputaram por cima e o centroavante do Lajeadense caiu na área após empurrão de Léo. Anderson Daronco marcou pênalti, e expulsou o lateral colorado, que já tinha amarelo. O próprio Gilmar bateu o pênalti e abriu o placar a três minutos.

Sem lateral-direito, Aguirre sacou Alex e colocou Claudio Winck, reposicionando o Inter em um 4-4-1. Apesar da inferioridade numérica e a desvantagem no placar, a reação veio cedo.

Após cruzamento da direita e desvio no primeiro pau, Paulão reeditou a bicicleta que deu a vitória ao Inter diante do Goiás, no ano passado, mas dessa vez a acrobacia serviu para dar uma assistência perfeita para Ernando, que só teve o trabalho de empurrar para o gol e empatar a partida aos nove minutos.

O gol foi o suficiente para injetar o ânimo que faltou no primeiro tempo. De repente, os movimentos do Inter se aceleraram, o time rondava a área adversária, era mais objetivo, ameaçava. Ao mesmo tempo, com um a menos, corria riscos atrás: em um lance, Gilmar lançou Vinicius, que estava livre na área colorada, mas não conseguiu dominar.

As duas equipes se aventuravam ao ataque, buscavam o gol. O Inter também teve uma boa chance, com chute forte de Sasha defendido por Luiz Müller. Os donos da casa responderam aos 39, com cabeceio de quaresma que obrigou Alisson a se esticar para espalmar. O jogo, lento nos primeiros 45 minutos, ganhava ritmo frenético que se manteve até o apito final.

 

ZH Esportes
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