Aneel aprova aumento de até 39,5% para contas de luz
- porJuliano Beppler da Silva
- 11 de março de 2015
- 10 anos
Os maiores reajustes serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Os mais baixos serão aplicados para as distribuidoras Celpe (2,2%) e Cosern (2,8%).
Os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora. Para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio será de 28,7% e, para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia proveniente de Itaipu.
Também começam a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permitem a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu – por causa da falta de chuvas -, o resultado do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica.
— No ano passado e neste ano, o custo da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto — explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde de hoje, a Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de R$ 22 bilhões para a conta dos consumidores de energia.
Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e da maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.
Veja abaixo os percentuais de reajuste por distribuidora:
– Celpe 2,20%
– Cosern 2,80%
– Cemar 3,00%
– Cepisa 3,20%
– Celpa 3,60%
– Energisa PB 3,80%
– Celtins 4,50%
– Ceal 4,70%
– Coelba 5,40%
– Energisa Borborema 5,70%
– Sulgipe 7,50%
– Energisa SE 8,00%
– CPFL Sta Cruz 9,20%
– Coelce 10,30%
– Mococa 16,20%
– Ceron 16,90%
– CPEE 19,10%
– João Cesa 19,80%
– Cooperaliança 20,50%
– Eletroacre 21,00%
– Santamaria 21,00%
– Chesp 21,30%
– CSPE 21,30%
– CEEE 21,90%
– Light 22,50%
– CJE 22,80%
– Ienergia 23,90%
– CEB 24,10%
– Elektro 24,20%
– Celesc 24,80%
– Bandeirante 24,90%
– ENF 26,00%
– Escelsa 26,30%
– Cemat 26,80%
– Energisa MG 26,90%
– Eflul 27,00%
– Eletrocar 27,20%
– Celg 27,50%
– DME-PC 27,60%
– Enersul 27,90%
– Cemig 28,80%
– CPFL Piratininga 29,20%
– EDEVP 29,40%
– CPFL Paulista 31,80%
– Hidropan 31,80%
– CFLO 31,90%
– Eletropaulo 31,90%
– Forcel 32,20%
– Caiua 32,40%
– Demei 33,70%
– Muxfeldt 34,30%
– Cocel 34,60%
– CNEE 35,20%
– RGE 35,50%
– Copel 36,40%
– Uhenpal 36,80%
– Bragantina 38,50%
– AES Sul 39,50%
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