Delegacias do Vale do Taquari aderem a paralisação da Polícia Civil
- porJuliano Beppler da Silva
- 29 de abril de 2015
- 10 anos
Servidores da Polícia Civil paralisaram as atividades nesta terça-feira (28) em todo o estado. O movimento, convocado pelo Sindicado dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil, foi realizado das 8h às 18h. Entre as reivindicações esteve o cumprimento da promessa do governo estadual de fazer as promoções previstas para 21 de abril, Dia da Polícia Civil.
Em Lajeado, os funcionários ficaram em frente à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) ao longo do dia. Somente seriam confeccionadas ocorrências em casos de violência doméstica, atentados contra a vida e crimes envolvendo crianças e adolescentes. Também estiveram parados os serviços de investigação e cumprimento de mandados.
A representante sindical da 19ª Região Policial, que abrange o Vale do Taquari, Magda Regina Lopes, afirma que as 19 delegacias aderiram à paralisação. “Tivemos uma mobilização de 100% do nosso efetivo, principalmente em Lajeado, onde temos um número maior de policiais. Permanecemos o dia todo concentrados em frente à DPPA. Algumas pessoas vieram procurar nossos serviços e nós explicamos. Tivemos uma boa aceitação da comunidade, porque ela tem entendido que a segurança pública é um dos itens que mais nos preocupa, e o desmonte do Estado que tem acontecido principalmente na área da segurança tem afetado nossos serviços”, salienta.
Reivindicações do Sindicato
Além das promoções, o sindicato da categoria pede o cumprimento da tabela de subsídios, com reajustes previstos para maio e novembro deste ano, e a convocação imediata dos 650 concursados. Os servidores também são contrários ao atraso nos salários, os cortes de horas extras e o contingenciamento na Segurança Pública e à alteração nas regras da aposentadoria dos policiais.
Mobilização estadual
Em nota enviada à imprensa nesta terça, a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (ASDEP) manifesta respeito ao movimento. O presidente da entidade, Wilson Müller Rodrigues, destaca que o governo não pode exigir “que uma categoria funcional deva se conformar com a suspensão de reajustes legalmente concedidos e comprometidos com o orçamento de cada um”.
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