Giro do Vale

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Valor sobe, e jovem gaúcho com câncer pode ter de parar tratamento nos EUA

Depois de reunir mais de R$ 350 mil para custear o tratamento nos Estados Unidos, o programador gaúcho Leonardo Konarzewski, de 21 anos, corre o risco de perder a única chance de cura para o tipo de câncer que tem. Em meio à corrida contra o tempo para angariar o valor restante, a família do jovem recebeu a notícia de que o hospital onde ele realiza o tratamento aumentou o valor cobrado de R$ 900 mil para cerca de R$ 1,5 milhão, por causa de procedimentos que não estavam previstos inicialmente, como a radioterapia.

Foto: Reprodução / Instagran

Foto: Reprodução / Instagran

Na última terça, dia 7, Leonardo divulgou um vídeo na internet relatando a situação. “Continuo pedindo ajuda porque é difícil. Estou com muita saudade de casa. Quero muito voltar ao Brasil e conto com vocês. Tenho certeza de que vou atingir a cura contando com o apoio de vocês”, afirmou.

O pai de Leonardo, José Mario Konarzewski, viajou há um mês para os Estados Unidos, onde acompanha a situação do filho. “Eles aumentaram o valor porque mudou o quadro clínico do Leonardo nesse meio tempo. Não estava prevista a radioterapia, e agora está. Conforme o diagnóstico vai mudando, o quadro clínico vai se alterando conforme o tratamento. As medicações também são muito caras, e a medicação está englobada no valor”, explica.

Leonardo descobriu que tinha o Linfoma de Hodgkin há dois anos. A doença é um tipo de câncer que atinge as células, vasos e órgãos do sistema linfático, fundamental para a defesa do corpo. Por isso, se espalha rapidamente e atinge principalmente pessoas entre 15 e 40 anos.

De acordo com laudo médico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, não há no Brasil condições de tratamento para o jovem. As únicas chances de cura estão na Mayo Clinic, em Minesota (EUA). O documento está disponível no site (clique aqui) criado por Leonardo para receber doações.

Um dos fatores que levou ao aumento do valor do tratamento nos EUA foi a necessidade da realização de radioterapia, que terá custo de US$ 300 mil, o equivalente a cerca de R$ 940 mil. A família ainda precisará pagar mais US$ 153 mil (cerca de R$ 479 mil), referentes ao autotransplante. A este valor, se somam US$ 29 mil (aproximadamente R$ 91 mil) de consultas e exames já realizados e os gastos com alimentação e hospedagem dos pais de Leonardo, que estão junto com ele em Minesota. Tudo isso fora o que já foi pago. Atualmente, a família tem pouco menos de R$ 220 mil, valor que não chega a US$ 70 mil.

A radioterapia começará na próxima semana e dura um pouco mais de um mês. Já o autotransplante só poderá ser realizado depois que todo o dinheiro for pago. Se isso não acontecer em cerca de um mês e meio, o paciente terá de deixar o hospital e dar adeus à única chance de cura.

“Eles não aceitam mais parcelamento. O que eu consegui com muito custo é assinar um documento da radioterapia me comprometendo a pagá-la. Mas para o transplante, eles não aceitaram”, explica Leonardo.

Foto: Divulgação

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Assim, a corrida contra o tempo se tornou ainda mais difícil. A venda de bilhetes com a rifa do Fusca que pertenceu ao avô de Leonardo está abaixo do esperado. A família esperava vender 5 mil bilhetes, juntando assim R$ 250 mil, mas até a tarde da última segunda-feira, dia 6, menos de 1,5 mil números haviam sido comercializados. A esperança da família é que algum político, empresário ou artista se sensibilize e ajude a família.

“O que precisávamos era de pessoas de porte maior que nos ajudassem, empresários e artistas. O povo brasileiro já foi bem solidário, e graças a doações chegamos aonde chegamos. Agora, só com a ajuda de algum artista”, desabafa José Mario.

O jovem e a mãe estão nos Estados Unidos desde março deste ano. Foi pelas redes sociais que ele conseguiu o dinheiro para começar o tratamento contra o câncer fora do país. O pai chegou aos EUA depois de obter o visto. Já o irmão segue em Porto Alegre, onde recebe e administra as doações e busca o apoio de personalidades locais.

“O Telmo teve de largar o serviço para dar uma ajuda. Não deu para intercalar o trabalho do Telmo e a campanha”, lamenta José Mario.

Leonardo descobriu que tinha o Linfoma de Hodgkin há dois anos. A doença é um tipo de câncer que atinge as células, vasos e órgãos do sistema linfático, fundamental para a defesa do corpo. Por isso, se espalha rapidamente e atinge principalmente pessoas entre 15 e 40 anos.

Se conseguir custear o restante do tratamento, Leonardo deve ficar nos Estados Unidos até abril do ano que vem. As informações sobre campanha Ação entre Amigos (Ajude-me a Vencer o Câncer!) e venda de rifas estão disponíveis na internet (clique aqui) e em uma página de mesmo nome no Facebook.

 

G1

 

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