Chile confirma pelo menos cinco mortes e 1 milhão de evacuados
- porJuliano Beppler da Silva
- 17 de setembro de 2015
- 10 anos
O forte terremoto que atingiu o Chile na noite dessa quarta-feira vitimou pelo menos cinco pessoas no país, de acordo com o Ministério do Interior e Segurança Pública. Pelo menos 1 milhão de pessoas saíram de suas casas nas regiões costeiras, em razão do risco de tsunami. O alerta para ondas grandes já foi retirado de algumas regiões e no Peru, mas não totalmente descartado até por volta da 1h30min.
As regiões de Coquimbo, Illapel, Canela e Salamanca foram as mais atingidas pelo sismo, que teve 8,4 graus na escala Richter. Até à 1h, pelo menos 35 réplicas foram registradas, algumas delas com mais de 6 graus na escala Richter. O governo do Chile desaconselhou viagens às regiões de Coquimbo e Valparaíso, que é um dos principais destinos turísticos do país. A recomendação vale até que se retire o alerta de sismos.
A presidente chilena, Michelle Bachelet, após reunião de emergência, elogiou as medidas tomadas após o sismo e recomendou às pessoas que precisaram ser evacuadas que se mantivessem em zonas altas. “Estamos em um processo de continuar monitorando as regiões afetadas. É uma análise que está em andamento”, afirmou ela, que revelou que cogita declarar estado de exceção.
Alerta entrou madrugada
Bachelet anunciou as primeiras mortes em razão do terremoto. A primeira vítima fatal registrada foi uma mulher de cerca de 30 anos em Illapel, onde pelo menos outras dez pessoas se feriram. Estradas na região foram afetadas devido a desmoronamentos de terra. Em Canela, a prefeitura informou muitos deslizamentos de terra e quedas de paredes.
Horas após o terremoto, a maré alta invadiu ruas de Valparaíso, na região central do país. Variações de até 1,3 metro foram registradas nas marés da Valparaíso, com testemunhas informando ondas de até seis metros e começo da invasão das ruas costeiras por água do mar. Por volta da 1h, 200 bombeiros estavam mobilizados no porto da cidade e equipes estavam nos morros do local.
Aulas são suspensas
Apesar do forte tremor, os serviços básicos seguiram funcionando normalmente em Santiago, do mesmo modo que a Internet, e o aeroporto foi reaberto após uma revisão das pistas. O metrô chegou a interromper os serviços momentaneamente, mas voltou logo a seguir, em velocidade reduzida. Cerca de 6,6 milhões vivem na capital chilena. O Ministério de Educação do Chile suspendeu as aulas nesta quinta-feira em algumas regiões do país, incluindo a área de Santiago.
O principal terremoto foi de longa duração e seguido de vários tremores secundários muito fortes. “Estávamos saindo do nosso prédio quando tudo começou a balançar, algo muito forte. O chão tremia com muita força”, relatou o morador de Santiago, Pablo Cifuentes, à rádio Cooperativa.
O abalo sísmico, de força pouco inferior ao terremoto de 2010, chegou a ser sentido a centenas de milhares de quilômetros do Chile. Em São Paulo, os bombeiros informaram terem recebido pelo menos 50 chamadas relativas. Em Santa Maria, moradores do Centro também acionaram o Corpo de Bombeiros em razão de tremores.
Correio do Povo
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