Mais de 700 pessoas morrem pisoteadas na peregrinação a Meca na Arábia Saudita
- porJuliano Beppler da Silva
- 24 de setembro de 2015
- 10 anos
O número de pessoas que morreram pisoteadas durante a peregrinação a Meca nesta quinta-feira subiu para 717, anunciou o ministério da Defesa da Arábia Saudita no Twitter. Mais de 800 ficaram feridos na pior catástrofe ocorrida no ritual do hajj em 25 anos.
O ministro saudita da Saúde atribuiu a tragédia na cidade de Mina à falta de disciplina dos peregrinos, que, segundo ele, ignoraram as instruções de comportamento durante o hajj. “Se os peregrinos tivessem seguido as instruções, teria sido evitado esse tipo de acidente”, declarou Khaled al-Faleh à televisão pública El-Ekhbariya.
As autoridades decidiram fechar os acessos ao local da tragédia, que aconteceu no cruzamento de duas vias que haviam sido construídas para facilitar o deslocamento dos fiéis. A Arábia Saudita mobilizou 100 policiais para garantir a segurança durante a peregrinação, depois que, no dia 11 de setembro, uma grua desabou na Grande Mesquita de Meca e matou 109 pessoas, além de ter deixado mais de 400 feridos.
Erros de segurança
O Irã atribuiu a erros de segurança o pisoteamento que ocorreu na Arábia Saudita. “Por motivos desconhecidos, foram fechados dois acessos perto do local do acidente”, afirmou o chefe da organização iraniana do evento, Said Ohadi. O tumulto aconteceu durante o ritual de apedrejamento de Satã na cidade de Mina, um ritual que consiste em atirar pedrar contra pilastras que representam o demônio.
A tragédia aconteceu perto de uma das pilastras, quando várias pessoas que deixavam o local se encontraram com um grande número de peregrinos que desejavam ter acesso. Os fiéis têm acesso à área dos pilastras por túneis e vias elevadas e, nos últimos anos, as autoridades realizaram obras importantes para facilitar o deslocamento das pessoas e evitar acidentes como o desta quinta-feira. As vítimas são de várias nacionalidades, segundo as autoridades. Em janeiro de 2006, uma tragédia similar no mesmo local matou 364 peregrinos.
Correio do Povo
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