Foto: Cristiane Mattos / Futura Press / Divulgação

Antes da parada no Brasileirão , um sufoco. De ressaca pela queda na Copa do Brasil, o Grêmio passou trabalho para segurar o empate sem gols contra o Cruzeiro, na tarde deste domingo, no Mineirão. Foi uma das partidas em que a equipe menos criou situações para marcar, enquanto a defesa precisou de muito esforço para não ser vazada.

Com a garantia da terceira colocação no Brasileirão, a equipe terá a partir de hoje 11 dias para recuperar-se do desgaste físico e depois retomar a luta para buscar pelo menos o vice-campeonato.

Mano Menezes estudou o Grêmio com detalhes. Impediu que Luan e Giuliano criassem perto da área, trancou as passagens de Pedro Rocha pela esquerda com o eficiente Fabiano e teve a sorte de contar com a tarde pouco inspirada de Douglas. Como Edinho e Walace não tinham como chegar à frente e fazer o papel de armadores,  o time inexistiu ofensivamente. Também faltou a aproximação entre os jogadores para a habitual troca de passe. Tanto que o Grêmio precisou de 34 minutos para assustar, em cabeceio de Luan, após falta cobrada da esquerda por Galhardo.

O Cruzeiro, uma equipe em crescimento, apostou nos lados do campo para atacar. Pela direita, Fabiano e Willian se juntaram numa dupla que perturbou Marcelo Oliveira. Na esquerda, os avanços do veloz Allano foram um tormento para Galhardo e Geromel, de volta ao time após lesão. Já a 3 minutos, Allano errou a conclusão na frente de Grohe. Aos 15, Geromel se passou em cruzamento de Fabiano e Allano bateu com perigo. O susto foi ainda maior a 30 minutos. William livrou-se de Marcelo Oliveira e Erazo e recuou a Damião, que acertou o travessão.

Ainda haveria nova oportunidades com Allano, que Grohe pegou no canto esquerdo, e com Damião, mas o chute foi afastado por Geromel, já com Grohe caído.
Nada mudou na volta ao segundo tempo. Encolhido, o Grêmio só assistia aos avanços do Cruzeiro, cujo primeiro gol parecia questão de minutos. Aos 6, Willian quase marcou de “peixinho” em cruzamento de Allano.

Era preciso responder e Roger trocou Pedro Rocha e Luan por Fernandinho e Bobô. O alento veio pouco depois, quando o perigoso Allano saiu por cansaço. Ainda com maior posse de bola, o Cruzeiro já atacava com menor insistência pela marcação um pouco mais ajustada. O Grêmio se animou. A 21 minutos, lançado por Giuliano, Bobô acertou um forte chute, defendido por Fábio.

Alternativa de luxo no banco mineiro, o uruguaio De Arrascaeta obrigou Fábio a defesa difícil a 27 minutos.

Aos poucos, o Cruzeiro foi desanimando e perdendo a força para atacar. Muito pela solidez defensiva do Grêmio, a melhor coisa apresentada pelo time na tarde ensolarada

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