Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação

Os bastidores colorados irão ferver nas próximas duas semanas. Tudo porque, em virtude dos flagrantes feitos em Nilton e Wellington Martins, a CBF e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinaram a aplicação de testes antidoping em praticamente todo o grupo colorado na última terça-feira. Se mais um jogador apontar o exame positivo, o clube poderá ser punido com a perda de pontos ou até a desclassificação do Campeonato Brasileiro. Os resultados devem ser conhecidos em aproximadamente dez dias úteis. Ou seja, logo depois da última rodada do Brasileirão.

Em outras modalidades esportivas, os exames antidoping fora de competição são corriqueiros. Atletas do judô, atletismo, natação e outros estão acostumados a eles. No futebol, porém, trata-se de uma novidade. Nenhum clube havia sido submetido a isso até agora.

“É sim uma novidade, mas passará a ser feito com mais frequência. Trata-se de uma imposição dos regulamentos internacionais de controle de doping, dos quais o Brasil é signatário”, afirma o médico Ivan Pacheco, que integra a Autoridade Brasileira de Controle de Doping, entidade criada no ano passado pelo Ministério do Esporte.

Segundo ele, 20 jogadores do Inter tiveram urina e sangue coletados e remetidos a um laboratório no Rio de Janeiro. O processo demorou cerca de três horas e o clube foi avisado na véspera. Negar-se a ceder material para os exames não era uma opção. O processo no STJD contra Nilton e Wellington deve ficar paralisado enquanto os resultados dos demais exames não forem conhecidos. Eles seguem suspensos.

Correio do Povo