Giro do Vale

Giro do Vale

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Promotoria de São Paulo pede prisão preventiva de Lula

Foto: Nelson Almeida / AFP / Divulgação

Foto: Nelson Almeida / AFP / Divulgação

Na denúncia contra o ex-presidente Lula, sua mulher e seu filho Fábio Luiz Lula da Silva protocolada nesta quarta-feira, dia 9, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente. Além de Lula também foi pedida a prisão preventiva do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e de outros dois investigados do caso Bancoop.

É a primeira vez que o Ministério Público pede a prisão do ex-presidente, acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica ao supostamente ocultar a propriedade do tríplex– oficialmente registrado em nome da OAS.

Na tarde de ontem, dia 10, em entrevista a jornalistas, o promotor Cássio Conserino, um dos responsáveis pela denúncia, evitou responder se havia pedido a medida cautelar contra o petista. “Só vamos falar sobre a denúncia”, disse.

Na denúncia de 102 páginas assinada por Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Moraes de Araújo a Promotoria detalha as suspeitas levantadas ao longo das investigações que ouviram mais de 20 testemunhas, incluindo engenheiros responsáveis por reformas no imóvel e até zeladores do edifício Solaris.

Lula e família são denunciados por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

Os promotores Cássio Conserino e José Carlos Blat detalharam em entrevista coletiva nesta quinta-feira as denúncias contra Lula pelo caso do tríplex. O ex-presidente e mais 15 pessoas, entre elas a mulher, Marisa Letícia, e o filho mais velho do casal, Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, foram enquadrados por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Na coletiva, o promotor Cassio Conserino disse que o MP não trabalha preocupado com a repercussão política dos fatos. “O Ministério Público não trabalha com calendário político ou qualquer outro tipo de calendário. O nosso calendário é judicial. O Ministério Público está pautado em prazos legais e judiciais, pouco importando se este ou outro procedimento tenha qualquer tipo de repercussão política ou social”, afirmou.

Em 2006, quando se reelegeu presidente, Lula declarou à Justiça eleitoral possuir uma participação em cooperativa habitacional no valor de R$ 47 mil. A cooperativa é a Bancoop que, com graves problemas de caixa, repassou o empreendimento para a OAS. A Polícia Federal e a Procuradoria da República suspeitam que a empreiteira pagou propinas a agentes públicos em troca de contratos fraudados na Petrobras.

A reforma, contratada pela empreiteira OAS, alvo da Operação Lava Jato, custou R$ 777 mil, segundo o engenheiro Armando Dagre, sócio-administrador da Talento Construtora. Os trabalhos foram realizados entre abril e setembro de 2014.

 

Correio do Povo

Compartilhe:

Ainda não há comentários

Publique seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Leia também