Bolsonaro escolhe Renato Feder para ser novo ministro da Educação
- porJuliano Beppler da Silva
- 3 de julho de 2020
- 5 anos

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escolheu, nesta sexta-feira, dia 3, o secretário de educação do Paraná, Renato Feder, para assumir o Ministério da Educação. A decisão pelo nome de Feder confirma, conforme antecipou o R7, que o nome do secretário estava no radar antes de Carlos Decotelli ser nomeado.
Feder se formou em Administração pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e fez mestrado em Economia na USP (Universidade de São Paulo). Ainda foi professor da EJA (Educação de Jovens e Adultos), deu aulas de matemática por 10 anos e foi diretor de escola por 8 anos. O currículo inclui ainda assessoria voluntária da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Aos 24 anos, em 2003, assumiu uma empresa de tecnologia, que se tornou bilionária. Deixou o cargo de CEO da empresa para assumir a secretaria do Paraná.
Agora, como titular do ministério, terá que assumir uma frente para coordenar uma resposta educacional em relação à pandemia do novo coronavírus. Entre os principais desafios, estão a realização das provas do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) e volta às aulas.
Ministério da Educação
O último titular da pasta foi resultado de uma articulação feita pelos ministros militares do Planalto. A seleção do novo ministro, inclusive, se transformou numa nova disputa entre a ala militar e ideológica.
Carlos Decotelli, o último a exercer a função de ministro da Educação, deixou o cargo na última terça-feira (30) após cinco dias. A demissão foi a maneira avaliada para encerrar a crise com as inverídicas informações no currículo dele.
Bolsonaro anunciou Decotelli para a Educação no dia 25, por meio de redes sociais. Na ocasião, escreveu que o nomeado era bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, mestre pela FGV, doutor pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal (Alemanha).
No entanto, o próprio reitor da Universidade Nacional de Rosário negou que Decotelli tenha obtido o título. Depois, a Universidade de Wuppertal também negou que o nomeado possuía a certificação de pós-doutor.
Em seguida, mais uma incoerência, desta vez, com instituições brasileiras. A FGV informou que Decotelli não foi professor da fundação, como o próprio registrou em seu currículo, além de abrir investigação para apurar suspeita de plágio em sua tese de mestrado. Decotelli, após as contestações, alterou o próprio currículo.Playvolume00:00/00:40correiodopovoTruvidfullScreen
As incoerências em sua formação profissional ameaçaram o titular na pasta, que caiu após cinco dias, antes mesmo de tomar posse. Decotelli foi o terceiro ministro da Educação no governo de Jair Bolsonaro, após problemáticas gestões de Ricardo Vélez e Abraham Weintraub – sendo este último investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Publique seu comentário
Leia também
Mais Lidas
Mais Recentes
Lajeadense precisa de ajuda para realizar cirurgia que pode salvar seu rim transplantado
- 7 de julho de 2025
- 13 horas
Ainda não há comentários