Giro do Vale

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domingo, 29 de dezembro de 2024

Buscas ao menino morto pela mãe e jogado em rio do litoral, chega ao sexto dia

Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros

O sexto dia de buscas do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) pelo menino Miguel já começou na manhã desta terça-feira, dia 3, no Litoral Norte. O coordenador das operações e comandante do Corpo de Bombeiros de Tramandaí, tenente Elísio Lucrécio, constatou que os “níveis das águas baixaram consideravelmente, tanto no rio, lagoa e mar”.

Segundo ele, a temperatura das águas subiu e está em 14 graus centígrados e a cor do mar “deu uma clareada”, mas o “rio continua turvo”. Na opinião dele, é notória “as tonalidades das águas”.

A varredura feita pelo CBMRS na beira-mar ocorre desde a barra de Imbé até Torres, passando por Capão da Canoa e demais praias. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina também está em alerta na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Nenhuma informação de pescadores e nem de populares. Continuamos pela orla com as equipes, também operando com o drone”, informou o tenente Elísio Lucrécio. As buscas realizadas pelo efetivo do 9º Batalhão de Bombeiros Militar (9º BBM) incluem também lancha, viatura, quadriciclo e motoaquática.

Miguel foi agredido, dopado e jogado no rio Tramandaí, no limite entre Imbé e Tramandaí, pela mãe e com ajuda da companheira na noite de quinta-feira passada. A mala usada para transportar a criança foi apreendida às margens do rio. No mesmo período, o CBMRS começou as buscas na área e nos dias seguintes teve apoio da Marinha do Brasil, da Brigada Militar e do Comando Ambiental da BM.

A mãe do menino, de 26 anos, foi presa em flagrante na própria noite de quinta-feira, tendo confessado o crime. Ele relatou que não sabia se a criança estava viva ou morta. No último domingo, a companheira da mãe da vítima, de 23 anos, teve a prisão temporária decretada.

O inquérito está com a Polícia Civil. Os agentes da DP de Imbé já apuraram que a vítima vivia sob intensa tortura física e psicológica, sento mantida em uma peça nos fundos da pousada onde moravam a mãe e a companheira. A criança ficava quase sempre trancada dentro de um armário.

Correio do Povo

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