Giro do Vale

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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Influenciadores digitais são presos acusados de aplicarem golpes com rifas virtuais

Foto: Divulgação / Polícia Civil

Um casal de influenciadores digitais foi preso nesta terça-feira, dia 6, em Canoas, na região Metropolitana. Eles foram alvo da Operação Dubai, deflagrada pela Polícia Civil em combate aos crimes de exploração de jogos de azar, contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A dupla teria promovido rifas forjadas para mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais.

A ação foi coordenada pela 3ª DP de Canoas e pela Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD/Deic). Houve o cumprimento de 65 mandados de busca e apreensão em Canoas, Campo Bom, Novo Hamburgo, Balneário Camboriú (SC) e São Paulo.

Foram apreendidos 15 veículos de luxo, passaportes e dinheiro em espécie. Os influenciadores digitais foram presos em flagrante por posse irregular de arma de fogo, no condomínio onde moram, no bairro Estância Velha. O motivo foi a localização de uma pistola calibre 9 milímetros, que é arma de uso restrito, no interior de um cômodo.

Os suspeitos utilizavam as redes sociais para rifar apartamentos, casas, motos, jet skis, e carros no valor de até R$ 1 milhão. As cotas dos sorteios, entretanto, eram vendidas por valores irrisórios. Em um dos casos, a participação nas rifas chegou a ser oferecida por 10 centavos.

Entenda como funcionava o esquema

A Polícia Civil constatou que os prêmios até podiam ser entregues aos vencedores das rifas. O problema é que, na maioria das vezes, os sorteados eram amigos ou familiares do casal. Em outras palavras, o resultado dos bolões seria predeterminado para garantir a circulação do lucro sem procedência.

Os indícios de lavagem de dinheiro incluem movimentações milionárias nas contas dos suspeitos e utilização de um esquema de laranjas. A investigação apontou que os valores das rifas eram misturados com montantes vindos de outras empresas ligadas ao casal, mas os bens não estariam registrados em nome de nenhum deles.

A suspeita é que a mescla de capitais e a ocultação de ativos das rifas eram uma das táticas utilizadas pelos influenciadores digitais para maquiar dinheiro ilícito sem deixar lastros.

 

Correio do Povo
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