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Edelvania Wirganovicz, de 51 anos, uma das envolvidas no crime que tirou a vida do menino Bernardo Uglione Boldrini em 2014, foi encontrada morta na tarde desta terça-feira (22) no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre. Conforme informações da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), o corpo apresentava sinais de asfixia.

A detenta cumpria pena em regime semiaberto, após ter a prisão domiciliar revogada em fevereiro deste ano. Ela foi condenada a 22 anos e 10 meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) foram acionados para investigar as circunstâncias da morte. A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário também acompanha o caso.

De acordo com a Susepe, indícios iniciais apontam para a possibilidade de suicídio, mas os laudos oficiais ainda estão em andamento.

O crime que chocou o Brasil
Bernardo Boldrini desapareceu em 4 de abril de 2014, na cidade de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Dez dias depois, seu corpo foi localizado em uma cova vertical, às margens do rio Mico, em Frederico Westphalen. O caso ganhou repercussão nacional pela brutalidade do crime e pela participação de familiares e pessoas próximas da criança.

No mesmo dia em que o corpo foi localizado, o pai do menino, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, foram presos, junto com Edelvania e Evandro Wirganovicz. Edelvania era amiga de Graciele e confessou ter participado do crime, inclusive indicando o local onde o corpo havia sido enterrado.

As penas definidas no julgamento foram as seguintes:

• Graciele Ugulini: 34 anos e 7 meses

• Leandro Boldrini: 31 anos e 8 meses

• Edelvania Wirganovicz: 22 anos e 10 meses

• Evandro Wirganovicz: 9 anos e 6 meses

Graciele segue presa e já cumpriu mais de 13 anos de sua pena. O caso de Edelvania agora se soma à longa e trágica história envolvendo um dos crimes mais marcantes do Estado.