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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma Ordem Executiva que eleva a tarifa de importação sobre produtos brasileiros para 50%. A medida considera o Brasil uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional dos EUA — mesma classificação já aplicada a países como Cuba, Venezuela e Irã.

Segundo comunicado da Casa Branca, a decisão é uma resposta às “ações imprudentes” do governo brasileiro, que, na visão do governo americano, violam direitos humanos e comprometem o Estado de Direito. Entre os pontos citados estão a suposta perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, e decisões judiciais brasileiras contra plataformas digitais dos EUA, como X, Rumble e Truth Social.

A medida foi tomada com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), e afeta diretamente produtos como carnes, frutas e café — que não foram incluídos na lista de cerca de 700 exceções. Mercadorias como fertilizantes, combustíveis, aeronaves e celulose seguirão isentas da nova alíquota.

Além do impacto econômico, a decisão representa uma escalada diplomática entre os dois países. Trump condiciona possíveis recuos nas tarifas a mudanças de postura do Brasil, afirmando que poderá inclusive ampliar a taxação caso o governo brasileiro opte por retaliar.

Especialistas ouvidos por entidades como o Washington Brazil Office alertam que há um movimento coordenado da extrema-direita internacional para desacreditar instituições democráticas brasileiras com base em versões distorcidas dos fatos. Já juristas brasileiros reforçam que a atuação do Supremo Tribunal Federal segue respaldo legal e visa a proteção da ordem democrática.

As tarifas passam a valer no dia 6 de agosto. Produtos que já estiverem em trânsito para os EUA até esta data não serão atingidos pela nova taxa.