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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para assumir a liderança da minoria. A manobra da oposição, que buscava blindar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro de uma eventual cassação por excesso de faltas, não prosperou. Desde fevereiro, Eduardo permanece nos Estados Unidos, onde tem atuado em busca de sanções contra o Brasil.

O parecer da Secretaria-Geral da Presidência, usado como base para a decisão, argumenta que a ausência prolongada do parlamentar em território nacional é incompatível com as funções de liderança. Além disso, destacou que Eduardo não comunicou previamente seu afastamento, o que impede qualquer justificativa legal para suas ausências.

Em março, ele chegou a se licenciar por 120 dias, mas desde julho as faltas passaram a ser registradas normalmente. Paralelamente, o Conselho de Ética analisa uma representação do PT que pode resultar na cassação de seu mandato. A situação se agravou nesta segunda-feira (22), quando a Procuradoria-Geral da República denunciou Eduardo e o influenciador Paulo Figueiredo por coação no curso do processo que apura a trama golpista de 8 de janeiro de 2023.

Nas últimas semanas, Eduardo intensificou pressões em Washington por sanções ao Brasil, como aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes e restrições a autoridades nacionais. A atuação ocorre em meio a um cenário de forte tensão política entre aliados do ex-presidente e o governo federal.