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O Ministério da Saúde confirmou nesta segunda-feira (6) o segundo caso suspeito de intoxicação por metanol em Porto Alegre. A ocorrência está em investigação, enquanto um terceiro caso, registrado em Santa Maria, foi descartado após análise do governo estadual.

Conforme o boletim do Ministério, o Brasil já contabiliza 217 notificações de intoxicação relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. Desses, 17 casos foram confirmados e outros 200 ainda estão sendo apurados. A maioria das ocorrências está concentrada em São Paulo, responsável por mais de 80% das notificações e por duas das mortes confirmadas. Outras 12 mortes estão sob investigação em diferentes estados.

Diante do aumento das suspeitas, o Centro de Informação Toxicológica (CIT), vinculado ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), anunciou que passará a realizar testes laboratoriais próprios para detectar metanol em amostras suspeitas. O objetivo é agilizar diagnósticos e fortalecer o monitoramento. A previsão é que os exames comecem na próxima semana, com apoio técnico do Instituto-Geral de Perícias (IGP).

A Secretaria da Saúde também iniciou um levantamento nos hospitais sobre os estoques de etanol farmacêutico, usado no tratamento da intoxicação, enquanto aguarda o envio de um antídoto específico adquirido pelo Ministério da Saúde junto a fornecedores internacionais.

O metanol é uma substância altamente tóxica usada em solventes e produtos químicos. Sua ingestão pode causar danos ao fígado, cérebro e ao nervo óptico, resultando em cegueira, coma e até morte. Os sintomas geralmente aparecem entre 12 e 24 horas após o consumo e incluem dor abdominal, alterações visuais, confusão mental e náuseas.

Em caso de suspeita de intoxicação, o Ministério da Saúde orienta procurar atendimento médico imediato e, se possível, levar a embalagem da bebida ingerida para análise.