Giro do Vale

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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Prefeita admite falhas em obras, mas nega que serviços não tenham sido feitos em Lajeado

Foto: Divulgação

A prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, e o vice-prefeito, Guilherme Cé, concederam coletiva de imprensa nesta terça-feira (30) para comentar as denúncias de irregularidades em 23 obras públicas do município. Eles garantiram que todas as obras foram executadas, mas admitiram problemas quanto à qualidade de materiais e divergências nas metragens contratadas em relação às entregues.

Segundo Gláucia, os contratos com a empresa PDS, envolvida nas denúncias, estão suspensos desde 23 de setembro, incluindo serviços e pagamentos, com cerca de R$ 245 mil retidos. A sindicância instaurada tem prazo de 30 dias e ouvirá responsáveis por contratos, fiscais e representantes da empresa. O objetivo é identificar os envolvidos e verificar se houve prática criminosa.

A assessora jurídica do município, Elisângela Hoss de Souza, destacou que o processo deve garantir direito à defesa antes de possíveis punições. O procurador-geral Natanael Zanatta reforçou que o município buscará o ressarcimento de eventuais valores pagos indevidamente. Cé afirmou ainda que os prejuízos não chegam a R$ 1 milhão, como foi denunciado.

A saída do então secretário de Obras, Fabiano Bergmann, o Medonho (PP), também foi confirmada pela prefeita, que disse ter recebido dele o pedido de desligamento. Servidores citados na investigação continuarão nos cargos até que haja comprovação de irregularidades.

Quanto à possibilidade de a Câmara instaurar uma CPI, Gláucia disse respeitar a autonomia do Legislativo: “Eu estou fazendo a minha parte investigando, eles também podem fazer a sua, assim como o Ministério Público já está fazendo”.

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