Giro do Vale

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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Marcelo Caumo pode deixar secretaria estadual após operação da Polícia Federal

Foto: Divulgação

Marcelo Caumo possivelmente deixará o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano nesta quinta-feira (13). A possível saída decorre de ser alvo de uma operação da Polícia Federal na terça-feira (11), que investiga supostas irregularidades na aplicação de recursos federais destinados à reconstrução pós-enchentes. O ex-prefeito de Lajeado integra a gestão do governador Eduardo Leite (PSD).

Conforme informações, Caumo deixará a função para concentrar esforços em sua defesa nas investigações. Analistas apontam que o episódio gerou desgaste político significativo ao governo estadual. A decisão será formalizada após conversa entre Leite e Caumo.

Contexto Político

Nos bastidores, a saída era amplamente especulada desde quarta-feira (12). Integrantes do partido de Caumo já antecipavam um possível desfecho e discutiam internamente possíveis substitutos para o cargo.

Caumo foi prefeito de Lajeado por dois mandatos, de 2017 a 2024, inicialmente filiado ao PP. No início deste ano, transferiu-se para o União Brasil, onde estava sendo especulado para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa ou Câmara Federal nas próximas eleições.

A Operação que Gera Questionamento

A Polícia Federal deflagrou a Operação Lamaçal com apoio da Controladoria Geral da União (CGU) para apurar possível desvio de R$ 120 milhões em recursos federais destinados à recuperação após as enchentes de 2024. Caumo foi um dos principais investigados. A ação cumpriu 35 mandados de busca, apreendeu 10 veículos e bloqueou ativos de até R$ 4,5 milhões.

Resposta de Caumo

Em nota divulgada por sua assessoria, Caumo afirmou estar à disposição das autoridades para esclarecimentos. “Confio plenamente na Justiça e possuo a convicção de que todos os fatos serão devidamente esclarecidos”, declarou. Ele ressaltou que sua gestão em Lajeado foi pautada pela “transparência e responsabilidade com o dinheiro público”. Caumo também argumentou que recursos apreendidos em escritório do qual era sócio não guardam relação com a investigação ou sua função pública.

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