Prisão preventiva de Bolsonaro é mantida após audiência de custódia; ex-presidente alega paranoia por medicação
- porJuliano Beppler da Silva
- 24 de novembro de 2025
- 2 horas

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro foi mantida após audiência de custódia realizada no início da tarde deste domingo (23). A juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino homologou o cumprimento do mandado, atestando em sua decisão que não houve “qualquer abuso ou irregularidade por parte dos policiais federais”.
Durante a audiência, o ex-presidente compareceu e confirmou os fatos que motivaram a prisão: a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica na sexta-feira (21).
Alegação de Paranoia por Interação Medicamentosa
Bolsonaro explicou sua conduta citando questões de saúde mental. Conforme seu relato, experimentou “uma certa paranoia de sexta para sábado em razão de medicamentos que tem tomado receitados por médicos diferentes e que interagiram de forma inadequada”. Os medicamentos identificados são o anticonvulsivante Pregabalina e o antidepressivo Sertralina.
O ex-presidente afirmou ainda que não possuía “qualquer intenção de fuga e que não houve rompimento da cinta” da tornozeleira.
Cessação do Comportamento
Conforme consta do depoimento registrado em documento oficial, Bolsonaro declarou que por volta da meia-noite mexeu na tornozeleira utilizando ferro de solda, porém “caindo na razão” e cessando imediatamente o uso da ferramenta. Naquele momento, comunicou os agentes de sua custódia sobre o ocorrido.
O ex-presidente confirmou que estava acompanhado de sua filha, irmão mais velho e um assessor que dormiam na residência, nenhum deles testemunhando o uso da solda.
Sobre a Vigília Convocada
Questionado acerca da vigília de orações convocada por seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente argumentou que “o local da vigília fica a setecentos metros da sua casa, não havendo possibilidade de criar qualquer tumulto que pudesse facilitar hipotética fuga”.
Nesta segunda-feira (24), o STF analisará a decisão de prisão preventiva. O ministro Flávio Dino convocou sessão virtual extraordinária da Primeira Turma para referendar a decisão.
Contexto da Condenação
Bolsonaro encontra-se condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal relacionada à trama golpista. A Primeira Turma da Corte rejeitou embargos de declaração apresentados por ele e outros seis acusados na semana anterior.
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