Ágata é o Vale do Taquari no Mundial de Jiu Jitsu em São Paulo. (Foto: Juliano Beppler)

Ágata Barros dos  Santos, de 11 anos e moradora de Teutônia, vai representar a região no Mundial de Jiu-Jitsu em São Paulo. A menina treina há 6 anos a modalidade, sendo 4 deles como competidora, e chegou onde está com muita dedicação e superação.

Tudo começou quando seu pai a incentivou aos 5 anos. Ela viu no jiu-jitsu uma arte marcial desconhecida e aceitou o desafio. Desde o primeiro treino, tanto seu pai quanto ela perceberam que havia jeito pra aquilo. Atualmente Ágata realiza seus treinamentos na academia Team Menezes, em Bom Retiro do Sul, onde se dedica intensamente à arte marcial. Sua família justifica que a escolha pela academia se deu em função da qualidade da estrutura e dos treinos, o que é fundamental para manter o nível de competitividade.

Ágata é faixa amarela e treina intensamente. Sua rotina é pesada: 10 vezes por semana no tatame enfrentando técnicas, adversários e a si mesma. “Para mim significa um sonho realizado competir no Mundial de Jiu-Jitsu”, destaca ela, radiante. Esse sonho vai além de uma simples competição. Ela quer se tornar professora de jiu-jitsu e talvez um dia abrir um projeto social pra outras crianças. O jiu-jitsu virou mais que um esporte pra Ágata. Virou missão.

A trajetória da menina foi marcada por obstáculos que muitos desistiriam. As enchentes afetaram sua casa em Lajeado e até hoje ela ainda se acostuma com a nova rotina em Teutônia. Mas o maior teste veio quando faltavam 15 dias pra um campeonato importante. Ágata caiu de um balanço de dois metros de altura. A dor era real, o medo era real, mas a vontade era maior. Ela não desistiu e se consagrou campeã naquele campeonato. Essa superação a moldou como atleta e como pessoa.

Para viabilizar financeiramente sua participação no Mundial, Ágata até organizou rifas para arrecadar recursos.

O Mundial de São Paulo é sua segunda participação em uma final de grande porte. Na primeira, participou com 18 adversárias na sua categoria e ficou em terceiro lugar. Esse ano tem 15 adversárias e ela vai com outro objetivo. “Espero um ótimo campeonato e tenho certeza que vou ganhar”, afirma com confiança. Ela busca experiência, aprendizado e, acima de tudo, a vitória que seus treinos intensos merecem.

Antes de partir pra São Paulo, Ágata deixa um recado importante pra outras crianças e adolescentes que também sonham grande. “Continuem sonhando grande pois vocês vão longe. Nunca desistam dos seus sonhos porque tudo é possível só basta acreditar”. Simples, direto, mas cheio de verdade vinda de quem já provou que acreditar funciona.