Flávio Bolsonaro afirma que pai o designou como sucessor político
- porJuliano Beppler da Silva
- 6 de dezembro de 2025
- 1 hora

Foto: Divulgação
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira (5) que seu pai o escolheu como sucessor político, a menos de um ano das eleições presidenciais. “É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, escreveu Flávio no X (antigo Twitter).
Antes de tornar o anúncio público, o senador avisou o Partido Liberal (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A informação foi antecipada pelo site Metrópoles e confirmada pelo Estadão, que apurou que Flávio conversou com Tarcísio nesta semana. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse estar a par da articulação: “Flávio me disse que o nosso capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos”.
Flávio, de 44 anos, é empresário e advogado. Foi deputado estadual no Rio de Janeiro e, em 2018, eleito senador pelo PL, com mandato até 2027. Líder da direita brasileira, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso no mês passado e condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe. Ele cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, com visitas autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na terça-feira, Flávio visitou o pai, mas não mencionou conversas sobre candidatura.
Na publicação, Flávio destacou os “dias difíceis” que o país vive, com instabilidade, insegurança e desânimo, e prometeu não ficar de braços cruzados vendo a democracia sucumbir. “Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão. E sei que Ele irá à frente, abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo dessa jornada”, concluiu.
Membros da cúpula do PL veem a declaração com ressalvas, considerando um “balão de ensaio” para testar o nome de Flávio nacionalmente. A escolha definitiva seria tomada mais adiante. Uma pessoa ligada à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) rechaça a decisão, questionando por que o ex-presidente não consultou a esposa. Isso surge em meio a um racha familiar público, estopimado por críticas de Michelle à articulação do PL cearense para apoiar Ciro Gomes contra o partido no governo do Ceará. Os filhos Flávio, Eduardo (PL-SP) e Carlos (PL-RJ) defenderam o deputado André Fernandes, e Flávio chamou Michelle de “arrogante e autoritária”. Após a visita ao pai na segunda-feira, o senador pediu desculpas a ela.
O PL fez uma reunião de emergência na terça para apaziguar a crise, suspendendo o acordo com Ciro por tempo indeterminado – visto como vitória parcial de Michelle. Isso ocorreu uma semana após uma reunião bolsonarista em 24 de novembro para alinhar discursos em defesa de Bolsonaro, recém-preso. Michelle criticou ataques internos nas redes e pediu união em torno do ex-presidente.
Sem Eduardo, autoexilado nos EUA, e mais próximo do pai que Carlos (que mora no Rio), Flávio ocupa um espaço privilegiado como porta-voz oficial, com mandato, holofotes e acesso à PF. Eduardo, em entrevista ao Estadão, comentou a confusão sobre quem fala por Bolsonaro: “Enquanto durar a prisão, sempre vai haver isso. Flávio, Carlos e Michelle são próximos e vão ter acesso emocional”.
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