Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou neste domingo (30) à noite, em pronunciamento de rádio e televisão, que a desigualdade do Brasil é a menor da história. Ele falou sobre a isenção do Imposto de Renda pra quem ganha até R$ 5 mil e o aumento da taxação pra altas rendas. As duas medidas valem a partir de janeiro. A sanção já tinha sido feita na quarta-feira (26) em Brasília.

Em seis minutos de discurso, Lula também citou a criação dos programas Pé-de-Meia, Luz do Povo e Gás do Povo. Segundo ele, graças a essas políticas, a desigualdade no Brasil é hoje a menor da história. Mesmo assim, o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do mundo. O 1% mais rico acumula 63% da riqueza do país, enquanto a metade mais pobre da população tem apenas 2% da riqueza. Lula destacou que a mudança no Imposto de Renda é um passo decisivo, mas é apenas o primeiro pra mudar essa realidade.

A economia vai ganhar com a medida. Lula mostrou cálculos pra que os beneficiados entendam melhor quanto vão economizar. Uma pessoa com salário de R$ 4.800 pode fazer uma economia de R$ 4 mil em um ano, o que é quase um décimo quarto salário. A compensação pra os cofres do Estado vem da taxação dos super-ricos, pessoas que ganham vinte, cem vezes mais do que 99% do povo. Serão 140 mil super-ricos pagando 10% de imposto sobre a renda. O dinheiro extra nas mãos dos beneficiados deve injetar R$ 28 bilhões na economia.

Quem ganha mais de R$ 7.350 continua pagando 27,5% de Imposto de Renda. Uma correção de toda a tabela custaria mais de R$ 100 bilhões por ano. Desde 2023, o governo garantia a isenção pra quem ganha até dois salários mínimos. Hoje, contribuintes de alta renda recolhem, em média, uma alíquota efetiva de 2,5% de IR sobre seus rendimentos totais. Enquanto isso, trabalhadores em geral pagam, em média, 9% a 11% de IR sobre seus ganhos.