Foto: Susepe / Divulgação

A ocupação da nova Penitenciária Estadual de Venâncio Aires começa nas próximas semanas. A decisão é do  juiz João Francisco Goulart Borges, da Vara de Execuções Criminais, que vistoriou e desinterditou o espaço. O magistrado informa que foi solucionada a maioria dos problemas estruturais constatados em 17 de dezembro de 2014, durante visita de comitiva formada por integrantes do Judiciário, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e administração municipal. Na época, o grupo decidiu fazer a interdição temporária do local diante da ausência de condições de receber a transferência de apenados em consequência da carência de serviços mínimos para o adequado funcionamento.

Mesas de concreto construídas no pátio do presídio, consideradas perigosas e irregulares, foram removidas nesta semana com o auxílio das comunidades de Lajeado e Venâncio Aires. O trabalho será concluído por 30 detentos que serão encaminhados à penitenciária a partir da próxima semana. Metade deste grupo é procedente de Santa Cruz do Sul e os demais, de Lajeado, com perfil para trabalhar na casa prisional. Eles receberão treinamento para atuar na cozinha industrial e na lavanderia, bem como irão realizar melhorias nas mesas metálicas que vão substituir as demolidas. O trabalho deve se estender por aproximadamente uma semana.

Após a conclusão das atividades preparatórias, o presídio receberá os detentos. O juiz João Francisco Goulart Borges informa que haverá a transferência de 150 presos de Santa Cruz do Sul e de Lajeado. Em um acordo com o Estado, o local receberá por um período de 30 dias apenados que seriam levados para Montenegro a fim de auxiliar na falta de vagas do Presídio Central de Porto Alegre.

A obra da nova penitenciária de Venâncio Aires, construída no sistema pré-moldado no distrito de Estância Nova, ficou pronta no começo de outubro do ano passado, com a expectativa de receber os primeiros apenas ainda naquele mês. A estrutura disponibilizará 529 novas vagas no sistema prisional gaúcho. O investimento foi de R$ 21,6 milhões e, no local, devem trabalhar 150 agentes penitenciários, 12 agentes administrativos e dez técnicos superiores.

Correio do Povo.