Foto: Alexandre Lops / Inter / Divulgação

Calor, pressão e uma torcida apaixonada. Esses são os desafios do Inter diante do Tigres na noite desta quarta-feira, no estádio Universitário, em Monterrey. A decisão que vale uma vaga na final da Libertadores começa às 22h será cheia de percalços para o Colorado, que fará de tudo para proteger e, quem sabe, ampliar a vantagem que conquistou ao vencer o primeiro jogo por 2 a 1. O clube gaúcho corre atrás do tricampeonato, mas para chegar até ele precisará sobreviver ao inferno mexicano.

O estádio Universitário, palco da decisão de hoje, é conhecido “El Volcán” porque lembra o formato de um vulcão. O ambiente hostil é a atmosfera em que o Inter estará inserido e o time não terá outra saída que não seja jogar. Mesmo com a vantagem, o Colorado quer um gol para adquirir tranquilidade. A equipe de Aguirre joga por qualquer empate e até uma derrota por um gol de diferença, a partir de 3 a 2, serve para a classificação. Um 2 a 1 em favor do Tigres levará a decisão para os pênaltis.

O time que entrará em campo hoje à noite é um mistério para a imprensa. Diego Aguirre fez questão de exaltar suas alternativas, mas não deu pistas da equipe que pode escalar. As possibilidades são muitas e apontam para formações mais cautelosas e para escalações mais ousadas. O técnico, que não estará no reservado, pensou em todos os detalhes e disse que já definiu o Inter, mas não irá antecipar nada até momentos antes do jogo.

Uma das possibilidades indica a inclusão de Ernando como lateral. Dessa forma, William ou Geferson seriam sacados. Outra ideia seria a colocação de um terceiro volante, com Lisandro López como reserva.

Tigres aposta tudo na Libertadores

O Tigres, adversário do Inter na noite desta quarta-feira, apostou alto na Libertadores. Abriu mão de suas chances de título no Campeonato Mexicano para dedicar-se ao torneio continental. Na parada para a disputa da Copa América, seus dirigentes foram ao mercado e investiram pesado. Segundo estimativas da imprensa do México, o Tigres gastou cerca de R$ 60 milhões para contratar jogadores como o centroavante Gignac.

O Tigres já atuou 15 partidas no seu estádio em quatro edições da Libertadores, com nove vitórias e seis empates. Em 2015, foram três vitórias (Emelec, Juan Aurich e San José) e dois empates (Universitário de Sucre e River Plate).

O técnico Ricardo Ferretti orientou um treino ontem pela manhã. No entanto, a parte do trabalho na qual montou a equipe titular foi fechada para a imprensa. A escalação, porém, deve ser a mesma que começou o jogo no Beira-Rio, com a ausência de Ayala, expulso no Beira-Rio. Ele dar lugar a Briseño.

Libertadores 2015 – Semifinal

Tigres
Guzmán; Jiménez, Juninho, Briseño e Gringo Torres; Arévalo Ríos, Guido Pizarro, Jürgen Damm e Javier Aquino; Rafael Sobis e Gignac. Técnico: Ricardo Ferretti.

Inter
Alisson; William, Alan Costa, Juan e Ernando; Rodrigo Dourado, Aránguiz, D’Alessandro, Eduardo Sasha e Valdívia (Lisandro López); Nilmar. Técnico: Enrique Carrera.

Local: Estádio Universitário, em Monterrey (MEX).
Árbitro: Carlos Vera (Fifa-EQU).

Correio do Povo