Parte do funcionalismo público do RS deve paralisar nesta terça-feira
- porJuliano Beppler da Silva
- 18 de agosto de 2015
- 10 anos
Em protesto contra o ajuste fiscal e o parcelamento de salários de servidores, parte do funcionalismo estadual paralisa as atividades nesta terça-feira, dia 18. Como um grande número de professores não deve trabalhar para participar de mobilização, os alunos ficarão sem aula. A Polícia Civil também deverá aderir ao ato unificado, atendendo a partir da primeira hora desta terça-feira somente ocorrências graves contra a vida. Os serviços penitenciários serão afetados, incluindo audiências, transferências de presos, atendimento de advogados, além de trabalhos administrativos.
O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm) fará assembleia às 12h em frente ao Palácio da Polícia. Somente os crimes contra a vida serão investigados. O presidente Isaac Ortiz ressaltou que muitos servidores devem vir do interior para participar do ato na Capital e depois fazer manifestação no Largo Glênio Peres e no Palácio Piratini. “A revolta é muito grande com o governo do Estado e com os parlamentares”, disse.
A atuação da Brigada Militar ainda não está definida. O presidente da Abamf, Leonel Lucas, explicou que apesar do descontentamento da categoria, o encaminhamento de protestos e paralisações só deve ser decidido após a votação a ser realizada às 13h na Praça Brigadeiro Sampaio hoje. Depois, os milhares de policiais militares previstos para participar devem se encontrar com o restante do funcionalismo às 14h. Os trabalhadores se opõem à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera a licença-prêmio, além de outros projetos do governo.
Os delegados não devem integrar a mobilização, segundo o vice-presidente administrativo Associação dos Delegados de Polícia do RS (Adpergs), Fábio Motta Lopes. “Não há previsão de paralisação, mas somos solidários pois é um movimento legítimo.” Contudo, dependendo da adesão dos agentes, o serviço dos delegados poderá ser afetado indiretamente, incluindo as operações. A divulgação das ações à imprensa será mantida, assegurou o delegado. “Essa foi uma decisão até a integralização dos vencimentos”, destacou.
Caso ocorra prejuízo no policiamento ostensivo ao longo do dia, os bancários podem parar de trabalhar. “Os bancos são os alvos prediletos do bandidos”, afirmou o presidente do SindBancários, Everton Gimenes. Ele disse que a entidade pode tentar uma liminar na Justiça para interromper os serviços e garantir a segurança de funcionários e clientes. “Estaremos na assembleia do servidores em apoio”, afirmou.
Os rodoviários ainda não têm paralisação prevista. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Adair da Silva, afirmou que a entidade deve acompanhar os desdobramentos dos atos hoje. Os funcionários da Carris pararam as atividades por oito horas no início do mês não tinham. Porém, até o início da tarde de ontem, não havia definição sobre possível interrupção do serviço hoje.
Correio do Povo
Publique seu comentário
Leia também
Mais Lidas
Mais Recentes
Polícia realiza apreensão de drogas, armas, munições e prende três indivíduos
- 18 de março de 2025
- 1 dia
Preso um suspeito do homicídio registrado em Lajeado na última noite
- 18 de março de 2025
- 1 dia
Ainda não há comentários