Cancelado Desfile de Cavalarianos em Bom Retiro do Sul
- porJuliano Beppler da Silva
- 2 de setembro de 2015
- 10 anos
Desde junho, quando foi confirmado o primeiro caso de Mormo no Estado, no município de Rolante no Vale do Paranhana, o governo passou a exigir um exame para todos os animais que participam de eventos, certificando que ele não está infectado pela doença.
De acordo o MTG-RS, grupo que cuida dos festejos farroupilhas, para participar de qualquer atividade com concentração de animais, os cavalos devem ter Guia de Trânsito Animal, que aprove a circulação dos animais, comprovar vacina contra Influenza e resultados negativos para anemia e mormo.
Segundo o patrão do CTG Querência da Amizade Maurício Eidelwein, num evento destes, é difícil ter um controle sobre todos os animais que participariam do desfile. “Em zelo aos cavalos que são parceiros de lida do gaúcho e que merecem o nosso cuidado, preferiu-se em forma de prudência, cancelar o desfile de cavalarianos que aconteceria no dia 20 de setembro”, disse o Eidelwein.
Outro ponto negativo colocado pelo patrão, foi de valores. “O preço de cada teste da doença é elevado, muitos criadores não tem condições de pagar, o custo fica em torno de R$100,00 a R$250,00 por cavalo e se não estiver em dia, é multa”, concluiu
Atualmente, a multa para quem não tiver a comprovação do teste, gira em torno de R$1.500,00 por cavalo e se estiver em uma grande concentração, num evento deste porte, por exemplo, é mais R$15.000,00 de multa para a instituição ou organizador do evento.
O que é a doença de mormo?
O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que ataca os equídeos (animais como cavalos, jumentos e mulas), mas que pode acometer outras espécies, como o homem.
A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei. Os sintomas são: febre, tosse, corrimento nasal com pus, edema dos gânglios e linfonodos, emagrecimento do cavalo, assim como feridas na pele.
A contaminação acontece pelo contato com pus, secreção nasal, urina ou fezes. A bactéria penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado.
A disseminação da doença no ambiente ocorre através da água, alimentos, bebedouros e equipamentos de montaria compartilhados. A mosca também pode contribuir para a disseminação da bactéria, além de contato com urina e fezes de animais contaminados.
Se o animal estiver infectado, a primeira medida a ser tomada é notificar a Defesa Sanitária. Depois, isolar a área de infecção e os animais suspeitos. Os animais com mormo devem ser sacrificados, podendo ser enterrados ou cremados. O local onde o animal vivia deve ser bloqueado e suspenso o trânsito de outros animais da propriedade.
AI
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