Foto: Ministério Público / Divulgação

A 10ª etapa da Operação Leite Compensado foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, dia 21, em cidades do Vale do Taquari e do Rio Pardo, contra adulteração no produto. Desde 2013 o Ministério Público atua para combater fraudes, como adição de água e produtos químicos – como formol – ao leite.

Ao mesmo tempo, foi desencadeada também a 2ª Queijo Compensado, já que também foram identificadas alterações neste produto.

Nesta etapa, a Receita Federal atua em conjunto com o Ministério Público, com o objetivo de combater a sonegação de ICMS por parte de duas indústrias de laticínios (leite e queijo) e outra de produtos de limpeza situadas na mesma região, que não emitem nota fiscal nas suas vendas.

Também fazem parte dessa ação integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Brigada Militar. São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e recolhimento de caminhões nas cidades de Venâncio Aires, Lajeado, Mato Leitão, Arroio do Meio, Montenegro e Carlos Barbosa.

Os alvos são as sedes das empresas Lactibom Derivados do Leite LTDA, H2B Laticínios LTDA, Laticínios Late Bios LTDA-ME e Palerme Indústria e Comércio de Produtos de Limpeza LTDA-ME, além de residências de envolvidos na fraude e dois caminhões utilizados para o transporte de leite.

Conforme o Ministério Público, informações recebidas configuram crime organizado e prática comercial abusiva na cadeia produtiva do leite, mais precisamente no que diz respeito ao recebimento de leite adulterado e, também, de adulteração pela própria empresa Lactibom.

O promotor de Justiça Mauro Rockenbach, inclusive, recomenda, que os consumidores não adquiram produtos da Lactibom porque, até o momento, não foi possível identificar os lotes dos produtos adulterados.

O MP agiliza a comunicação com mercados que possam vender esse produto para que eles sejam retirados de circulação, auxiliado pela Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde em todo o Rio Grande do Sul.

A Operação Leite Compensado teve sua primeira fase desencadeada em 8 de maio de 2013, quando investigações apontaram para um esquema que adulterou cerca de 100 milhões de litros do produto no estado.

Na ocasião, o MP revelou que transportadores estavam adicionando água e ureia (que contém formol) ao leite cru para aumentar o volume e disfarçar a perda nutricional no caminho entre a propriedade rural e a indústria. O esquema era realizado em postos de resfriamento.

G1