Argentina começa a vacinação contra Covid-19 com a Sputnik V
- porJuliano Beppler da Silva
- 29 de dezembro de 2020
- 4 anos

A Argentina iniciou uma campanha de vacinação contra a Covid-19 com a aplicação da SputnikV e se tornou o primeiro país da América Latina a inocular sua população com o imunizante do laboratório russo Gamaleya. O plano começou de forma simultânea em todo o país e tem como prioridade voluntária os profissionais da saúde. “A ideia é começar a vacinação com os que estão mais expostos ao risco. É realmente épico fazer a maior campanha de vacinação da Argentina com igualdade de acesso”, disse o ministro da Saúde Ginés González García, ao iniciar o processo no Hospital Posadas de Buenos Aires.
Neste hospital, a médica de UTI Flavia Loiacono foi a primeira pessoa a receber a Sputnik V. A Argentina é o quarto país latino-americano que começa a vacinação contra a covid-19, depois do México, Costa Rica e Chile, que aplicam a vacina do laboratório Pfizer. “Teremos que continuar nos cuidando porque, até que a vacina faça efeito em nível comunitário, vão passar alguns meses”, alertou o ministro.
O presidente Alberto Fernández afirmou que a população local “tem muita confiança” no imunizante e que todos desejam ser vacinados. Para ele, há uma disputa “muito perversa, dura e infame” entre os países, “na qual uns desacreditam os outros” nessa questão. “Há uma guerra comercial desatada e, como o mundo deseja essa vacina, também uma disputa geopolítica sobre quem impõe sua vacina”, criticou.
A Sputnik-V prevê uma segunda dose para ser aplicada 21 dias após a primeira. A primeira remessa com 300 mil doses chegou da Rússia na Argentina em 24 de dezembro. O acordo contempla outras 19,7 milhões de doses que serão entregues entre janeiro e fevereiro, com a possibilidade de comprar mais cinco milhões.
Para imunizar sua população, a Argentina lançou uma campanha que contará com 116 mil enfermeiros em 7.749 estabelecimentos e a colaboração de outros 10 mil voluntários. O país registra desde março mais de um milhão e meio de contágios e 42.868 mortos. Também assinou também outros de fornecimento de vacinas com a Universidade de Oxford associada com a farmacêutica AstraZeneca e com o mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS). Também negocia a chegada do produto da Pfizer/BioNTech. O governo planeja adquirir um total de 51 milhões de doses de vacinas.
Correio do Povo
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