Anvisa aprova por unanimidade uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da CoronaVac no Brasil
- porJuliano Beppler da Silva
- 23 de janeiro de 2021
- 4 anos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade na tarde desta sexta-feira, dia 22, o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da vacina CoronaVac no Brasil. Esse é o número de doses prontas que o Instituto Butantan tem à disposição, e estava aguardando liberação.
No último domingo, dia 17, a agência liberou o uso de 6 milhões de doses desta vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Agora, a Anvisa avalia o aval ao lote de imunizantes que foi envasado pelo Butantan.
A Gerência-Geral de Medicamentos da Anvisa foi a primeira a relatar um parecer técnico favorável ao uso emergencial de mais doses da CoronaVac no Brasil. A justificativa levou em conta o cenário da pandemia, o aumento do número de casos do coronavírus e a ausência de alternativas terapêuticas para a covid-19.
Também a Coordenação de Inspeção e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos da Anvisa, em outro relatório, aprovou o uso emergencial de novo lote da CoronaVac no Brasil, justificando essa necessidade pelo atual cenário da pandemia e a calamidade da saúde pública no país.
“No contexto da imunização no Brasil, ninguém pode ficar para trás”, afirmou a relatora Meiruze Sousa Freitas, diretora da Anvisa, ao justificar seu voto, após a apresentação da área técnica.
Assim como Meiruze, a área técnica da Anvisa explicou a todo momento, durante a reunião transmitida ao vivo, que os benefícios da aplicação da vacina superam os riscos. Mas ainda há incertezas, e é preciso continuar monitorando cada passo desse uso emergencial no país.
“Mesmo em cenário de incerteza, uma vacina contra a covid-19 segura, capaz de prevenir e reduzir mortalidade e morbidade, pode ser autorizada para o uso emergencial, em especial pelo contexto desta pandemia, onde há poucos tratamentos de suporte disponíveis e não há medicamentos registrados na Anvisa com indicações específicas para o tratamento da covid-19”, concluiu.
As incertezas mencionadas pela relatora dizem respeito a determinados resultados que não foi possível confirmar no processo de análise. É o caso do prazo de validade da eficácia das doses, já que não houve tempo ainda para aferir isso.
A aprovação ocorreu por volta das 16h30min, com o voto do diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.
GaúchaZH
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