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Com o falecimento do Papa Francisco nesta segunda-feira, aos 88 anos, a Igreja Católica entra em um novo capítulo de sua história: o período conhecido como Sé Vacante, momento em que o trono papal permanece vago até a eleição de um novo pontífice.

A partir de agora, a responsabilidade de conduzir os assuntos do Vaticano recai sobre o camerlengo, cargo atualmente ocupado pelo cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell. Durante esse intervalo, o camerlengo assume a gestão administrativa da Santa Sé, com poderes limitados e sem autoridade para tomar decisões doutrinárias.

Entre suas atribuições está a organização do funeral de Francisco, que será realizado na Basílica de São Pedro, conforme desejo expresso pelo próprio papa. O sepultamento, por sua vez, acontecerá na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. A cerimônia deverá ocorrer entre o quarto e o sexto dia após a morte, conforme estabelecido pelas normas do Vaticano.

Farrell também será responsável por reunir os cardeais em encontros chamados congregações, onde serão tomadas decisões logísticas e litúrgicas até a eleição do próximo papa.

O conclave, processo secreto de votação que escolherá o novo líder espiritual dos mais de 1,3 bilhão de católicos no mundo, deve iniciar entre 15 e 20 dias após a morte do pontífice. Participam dele os cardeais com menos de 80 anos — atualmente, 138 estão aptos para votar.

A eleição ocorre dentro da Capela Sistina, onde cada votação é acompanhada pela simbólica fumaça que sai da chaminé: preta, quando nenhum nome atinge os dois terços dos votos; branca, quando um novo papa é escolhido.

Com a partida de Francisco, inicia-se um momento de luto e expectativa para os fiéis, que agora aguardam a escolha daquele que dará continuidade à missão da Igreja no mundo contemporâneo.