MP cumpre mandados em Lajeado e Teutônia dentro da “Operação Metro a Metro”
- porJuliano Beppler da Silva
- 30 de maio de 2017
- 8 anos
A Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – Núcleo Litoral e Região Metropolitana cumprem, na manhã desta terça-feira, dia 30, três mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em sete cidades (Três Forquilhas, Terra de Areia, Arroio do Sal, Gravataí Porto Alegre, além de Lajeado e Teutônia, no Vale do Taquari). A Operação ‘Metro a Metro’ investiga uma série de irregularidades cometidas por um grupo que fabrica produtos de higiene, inclusive fraudes no comprimento, largura e quantidade de papel higiênico e papel toalha vendidos a órgãos públicos através de licitações e diretamente aos consumidores nos mercados.
Conforme as investigações, as marcas de papel higiênico Luxor, Azaléia e Alphes foram reprovadas tanto no quesito comprimento quanto no quesito largura. Os três produtos, vendidos para vários municípios – como Torres e Fazenda Vilanova, por exemplo – por meio de licitações, apresentaram até 40% menos do que o apontado nas embalagens.
São investigadas dez empresas. Algumas delas não existem nos endereços apontados nos registros empresariais e outras estão extintas legalmente, mas ainda constam como as responsáveis pela produção e participam de licitações.
Duas empresas têm objeto social com finalidade diferente da realizada e uma delas consta como falida desde outubro de 2003.
As investigações apontaram que os papeis higiênicos, além de fraldas e absorventes íntimos, são produzidos em uma fábrica clandestina em Três Forquilhas, onde há, também, um depósito sem autorização. A atividade sem licenciamento ambiental ou qualquer tipo de alvará é alvo de uma ação civil pública com trâmite na 1ª Vara Cível da Comarca.
Além disso, no dia seguinte após uma vistoria realizada pela Vigilância Sanitária Estadual, quando a fábrica foi interditada, houve um incêndio na fábrica em Três Forquilhas, que queimou todos os materiais que haviam sido apreendidos e estavam sob a responsabilidade da empresa, na condição de fiel depositária. Os produtos serviriam de provas em processos administrativos e judiciais, já que seriam medidos para o confronto das informações.
MP/RS
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